22 anos sem Betinho

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Com simplicidade, ironia, bom humor, firmeza, o sociólogo Herbert de Souza lutou nos anos 90 para combater a fome, a miséria e a exclusão social no país, por meio da cidadania. Suas concepções sobre a democracia, a participação social e o enfrentamento às desigualdades refletem, até hoje, uma importante capacidade mobilizadora e transformadora. Neste 9 de agosto, faz 22 anos que Betinho, como era conhecido, morreu.

Betinho participou ativamente da criação de diversas organizações que permanecem atuantes e contribuindo para ampliar e consolidar suas propostas. Em 1981, ele foi um dos criadores do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase); em 1987 esteve à frente da fundação da Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS (Abia); em 1993, participou do lançamento do Movimento pela Ética na Política, que teve como resultados o surgimento da Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida; e do Comitê de Entidades no Combate à Fome e pela Vida (COEP).

Hoje o COEP constitui a Rede Nacional de Mobilização Social e tem o Prêmio Betinho como uma das iniciativas que procura dar continuidade ao legado de Herbert de Souza. Desde 2008 a premiação tem valorizado o trabalho de pessoas que se dedicam à promoção da cidadania.

Este ano, o Prêmio Betinho acontece por meio da Jornada Cidadania nas Escolas, uma tecnologia social que tem como eixo os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. Concorrem os participantes – alunos dos ensinos Fundamental II e Médio; e comunidade escolar – que realizarem uma ação de engajamento social.

Inscrições, regulamento e mais informações sobre a Jornada Cidadania nas Escolas no site cidadanianasescolas.org.br.
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O pensamento e a prática de Betinho constituem um importante legado e uma permanente fonte de inspiração para a cidadania e para a democracia.