No Dia da Mulher a Revista AzMina lança o PenhaS, um aplicativo de enfretamento à violência contra a mulher. Ele permite o diálogo em ambiente seguro e a criação de um grupo de proteção para pedido de ajuda emergencial, além de oferecer informação sobre direitos e rede de proteção à mulher. “Há muito o que se fazer para acabar com o abuso contra mulheres e o PenhaS é uma das iniciativas para colaborar com a causa do enfrentamento da violência. Acreditamos que a pessoa ou grupo empoderado é o sujeito da própria mudança”, afirma a jornalista Marília Taufic, coordenadora voluntária do projeto da AzMina.

Nomeado em referência à Lei Maria da Penha, o app é dividido em três áreas.

O GritaPenha é um ambiente para o pedido de ajuda urgente e produção de provas. Nele, as mulheres podem cadastrar o número de até cinco pessoas de sua confiança para receberem SMS com pedido de ajuda em caso de urgência. Também é possível ativar uma gravação de áudio para criar oportunidade de a vítima produzir provas e evitar o descrédito, tão comum no momento da denúncia formal.

Já o DefendePenha é um chat de apoio que permite que as mulheres dialoguem de forma anônima com outras usuárias do aplicativo, já que a conversa é uma das formas mais poderosas de ajudar uma mulher a sair de uma situação de violência.

Por fim, sabendo que reconhecer a violência e conhecer seus direitos é essencial para conseguir escapar, o app tem o EmpoderaPenha, um espaço de conhecimento. Ali as mulheres podem encontrar informações básicas sobre direitos e um feed de notícias sobre a violência contra a mulher com colaboração de agências de comunicação como o Huffpost, Jota e Agência Patrícia Galvão.

É nessa área do aplicativo também que está o mapa das delegacias da mulher, produzido em reportagem da Revista AzMina, e de outros serviços do Mapa do Acolhimento, permitindo traçar uma rota até o local.

“Informação e formação de redes de proteção podem ajudar mulheres a saírem de relacionamentos abusivos e incentivá-las a procurar ajuda”, diz Carolina Oms, co-fundadora d’AzMina.

Todos os cadastros no app são realizados com checagem de CPF e verificação de número de celular para que não exista possibilidade da criação de perfis falsos e abusivos. Esses dados são de uso exclusivo do aplicativo e não ficam públicos. Mulheres que estão sofrendo violência podem usar o aplicativo de maneira anônima.

O acesso é por meio de senhas com sistema de criptografia. O app também possui dispositivo de segurança para evitar que um abusador acesse o conteúdo. Ele está disponível para Android e, em breve, para iOS.

Vivências reais

O PenhaS vem sendo desenvolvido há mais de um ano sob a coordenação de Marília Taufic com a mentoria de especialistas no tema como a promotora de Justiça Silvia Chakian, do Grupo de Enfrentamento a Violência Doméstica (GEVID) do Ministério Público de São Paulo.

O conteúdo do app, uma importante ferramenta de conscientização da causa e da luta contra a violência feminina, está das mãos de Carolina Oms, fundadora da Revista AzMina.

“O enfrentamento da violência contra a mulher não se restringe apenas à questão do combate, mas compreende também as dimensões de prevenção, da assistência e da garantia de direitos das mulheres e o PenhaS se destaca por conseguir reunir todas essas frentes”, afirma Chakian.

Fonte: Rede Brasil Atual

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